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De certeza que conhece ou já ouviu falar do Building Information Modeling (BIM). 

Todas as pessoas que trabalhem direta ou indiretamente nas áreas de arquitetura, engenharia e contrução de certeza que conhecem ou já ouviram falar do Building Information Modeling (BIM). 

De acordo com a Autodesk, "o BIM é um processo baseado num modelo inteligente que oferece uma visão para ajudar a planear, projetar, construir e gerir edifícios e infra-estrutura." Mas quando fala sobre BIM, está normalmente a referir-se a software como o Autodesk Revit^®,  AutoCAD Civil 3D^®, Navisworks^® ou outro produto relacionado com estas áreas.

Embora estas sejam as ferramentas mais utilizadas para BIM, não são as únicas ferramentas disponíveis. 

Muitos esquecem-se das ferramentas de modelação baseadas em AutoCAD^®, como AutoCAD^® Architecture, AutoCAD^® MEP Fabrication, e similares. 

Depois, há a questão da exportação para .dwg de forma a criar compatibilidade entre os membros da equipa externa. 

Será que o BIM tem que ser sempre representado em 3D? E se tiver um tubo que se estende por vários centenas de metros? E relativamente aos detalhes, o que fará sentido para representar a informação bidimensional?

Às vezes, faz mais sentido representar informações através de esquemas em P&IDs (tubulação e instrumentação de diagramas). 

Na construção é onde podemos ver outros exemplos de ferramentas de criação baseados em AutoCAD. 

Na imagem Fig1, mostramos um modelo criado com componentes do Revit para a arquitetura através de aplicações baseadas em AutoCAD, onde cada uma tem o seu próprio método de contribuir para o BIM e os esforços de design e construção virtuais.

Fig1

Por exemplo, o Revit MEP utiliza peças de fabricação do AutoCAD Fabrication MEP através de uma espécie de abordagem híbrida para reduzir ainda mais a ponte entre o BIM baseado em AutoCAD (leu bem, BIM baseado em AutoCAD) e aplicativos full-blown BIM como o Revit. Por falar em híbrido, outro método amplamente utilizado para a integração de modelos BIM tem a ver com o próprio formato .dwg.

Na imagem Fig1 pode verificar que as diferentes peças tiveram de ser trazidas para um software de detecção de interferências, tais como Navisworks, tendo sido utilizadas diferentes aplicações na criação dos modelos. Então podemos dizer que o AutoCAD .dwg é uma escolha natural, uma vez que é mais compatível com aplicações externas. 

Embora o Revit permita exportar diretamente para Navisworks via formato .nwc, a maioria dos projetos também exigem um companheiro .dwg para que possam fazer feitas referências a diferentes tipos de abordagem.

Por outro lado, os designers podem achar que o software BIM não é o mais adequado ao processo de design de fluxo livre, tão importante à execução do seu trabalho criativo. 

"Com a falta de facilidade de utilização para o projeto conceitual com capacidades off-the-wall como o Dynamo e/ou Rhino (que exigem tanta formação como o Revit), os designers mais experientes são todos os dias confrontados com dilemas sobre a utilização do AutoCAD ou, em alternativa, dispender um grande investimento de tempo noutro software que não o Revit para o desenho conceitual" - de acordo com Cesar Trevizo.

É ótimo termos o formato familiar de AutoCAD para poder utilizá-lo como uma base comum durante a transição para BIM.

Fig2

Quando falamos sobre o papel do AutoCAD nas tendências da indústria do mundo do BIM, é evidente que este é um momento de transição para a indústria e que é normal haver um pouco de ambos os modelos: CAD e BIM. 

Afinal o AutoCAD é onde tudo começou e que seria difícil imaginar não ter AutoCAD no mundo do BIM. 

Não devemos nunca esquecer que a fim de sermos bem sucedidos nos nossos projetos devemos encontrar o melhor uso para todas essas ferramentas.

Fonte: Dat Lien in Autodesk User Group International, Inc