Como está a evoluir a Internet of Things?
2018-04-30
A IoT está a evoluir de uma forma tão subtil que já deixou de ser uma tendência para se tornar numa realidade.
Aleksander Poniewierski, partner / global IoT leader da Ernst & Young – EY, e um dos “gurus” nesta matéria, relembra que a IoT “assenta na sensorização e monitorização de tudo”, o que significa que está presente em muito do que nos rodeia.
“Existe a ideia errada de que a IoT não cresceu”, afirma, em entrevista ao IT Channel. “Se olharmos com atenção para o mercado verificamos exatamente o oposto – que a IoT está a crescer. As pessoas estão simplesmente a adotar estas tecnologias de forma nativa”.
A expansão da IoT aconteceu devido à diminuição dos custos de armazenamento e transmissão dos dados, refere, à qual se junta o aumento do poder de processamento. “Isto leva a que hoje seja possível implementar a IoT a custo quase nulo. Há uns anos representava um enorme investimento”, justifica o analista.
Empresas a monetizar dados de IoT A primeira grande tendência relacionada com a IoT diz respeito à sua monetização. “Só agora as empresas começarão a construir os seus negócios em volta dos dados recolhidos com recurso à IoT”, diz. “Este é o ano em que realmente acreditamos que as empresas, e respetivo ecossistema, começarão a tirar verdadeiro partido da IoT”, assegura. Processamento de dados no edge A segunda tendência a impactar a IoT é uma mudança de paradigma – do processamento na cloud para o processamento no edge, ou seja, mais próximo da recolha dos dados. “Há cerca de quatro ou cinco anos, a tendência era armazenar tudo na cloud. Tenho a certeza de que, ao longo deste ano, cada vez mais empresas vão implementar soluções de IoT por via da implementação de middleware. “O middleware é o processamento no edge. As empresas terão os dados e serão responsáveis por processá-los no edge. Depois, apenas alguma desta informação será enviada para a cloud. Considero que 2018 será a ano do edge, ou do fog processing”.
Da cibersegurança à resiliência by design A cibersegurança é a terceira tendência da IoT, segundo o analista da EY. “É o seu maior desafio”, indica Poniewierski, que salienta a importância da resiliência by design. “Significa que quando se constrói um ecossistema de raiz, existem desde o início ferramentas implementadas que permitem proteger o próprio ecossistema, mas também os clientes”, explica o especialista. A construção de ecossistemas nativamente seguros é igualmente importante, de acordo com Aleksander Poniewierski. “Por muito que as empresas ambicionem recolher e analisar os dados para prestarem um melhor serviço e melhorarem a vida dos seus clientes, a verdade é que existe o reverso da moeda: os atacantes querem aceder aos dados para uma utilização ilegítima”, adverte.
Artigo Completo em ITChannel, 05 de abril de 2018.