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Como pode a Arquitetura fazer as pessoas sentirem-se mental e socialmente seguras?

 2016-02-01

A demanda por "espaços seguros" - aqueles em que as pessoas se sentem protegidos de micro-agressões - é alta, embora não seja dada muita atenção à forma como eles se manifestam no ambiente pré-existente. 

Neste artigo de opinião, o crítico de arquitetura Aaron Betsky argumenta que é possível criar espaços públicos seguros que sigam os exigidos padrões de qualidade e que a segurança extrema garantida pelos projetos arquitetónicos é muitas vezes contrária à ideia de criarmos espaços mental e socialmente seguros, levando ao isolamento em vez de abertura e compromisso.

"Nós não podemos nem devemos fechar-nos ao mundo. Gostaria de resistir aos pedidos para lugares comuns, onde diferentes pontos de vista, honesta e abertamente expressos, são bem-vindos, como parece acontecer nalgumas universidades americanas. Quando lidamos com o público, temos de ser parte de comunidade que adota uma postura aberta, fluida, heterogénea através do qual nos definimos. . . "

Betsky sugere a elaboração de projetos que criem espaços onde "podemos agir da maneira que acharmos mais adequada, confortável, segura e gratificante." 

Acredita que no momento da preparação do projeto de espaços públicos seguros se deva ter em conta as diferenças culturais existentes e se reuniam todas as informações dessa comunidade multicultural para a obtenção de um trabalho eficiente e gratificante.

Fonte: Dezeen | Aaron Betsky