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Estes designers inventaram uma nova forma de impressão de betão em 3D para arquitetura

 2016-02-03

A nova técnica poderia mudar radicalmente a maneira como se imprimem edifícios em 3D. 

Ao estudarem juntos em Bartlett School of Architecture, Francesca Camilleri, Nadia Doukhi, Alvaro Lopez Rodriguez e Strukov Roman chegaram à conclusão que a impressão 3D era o futuro da profissão que escolheram. 

Porém acharam que o modo como são utilizadas as impressões 3D no mundo atual da arquitetura, o futuro não parecia muito evolutivo: em vez de serem utilizadas para criar novos materiais de arquitetura in situ, as impressoras 3-D estavam a ser utilizadas para criar tijolos o tempo todo.

Assim, o quarteto formado com o Amalgamma, dedicaram-se a ultrapassar os limites da impressão 3D em criações na área de arquitetura. Como parte do seu primeiro projeto, chamado Fossilizado, apresentaram uma técnica que usa braços de robô para impressões em 3D de estruturas de betão em grande escala, resultando em modelos meticulosamente detalhados e chocantemente ornamentais.

Luso Cuanza: Estes designers inventaram uma nova forma de impressão de betão em 3D para arquiteturaLuso Cuanza: Estes designers inventaram uma nova forma de impressão de betão em 3D para arquiteturaLuso Cuanza: Estes designers inventaram uma nova forma de impressão de betão em 3D para arquitetura

De acordo com Amalgamma, a maior barreira para a entrada quando se trata de utilizar a impressão 3D na arquitetura é o tamanho da própria impressora 3D. 

Se quiser imprimir um prédio inteiro de uma só vez, precisará de uma impressora 3D que é maior do que a estrutura proposta. Escusado será dizer que isso é uma grande peça, por isso os designers da maior parte dos chamados "edifícios 3D" adotam uma abordagem modular, produzindo pequenos pedaços do edifício proposto e, em seguida, colocá-los juntos no próprio local como se tratasse de peças de Lego.

A equipa Amalgamma acha que é aborrecido, argumentando que muitos dos exemplos atuais de impressão arquitectónica em escala 3D são "extremamente revolucionárias e avançadas do ponto de vista técnico", mas pouco mais do que "conjuntos de construção que na realidade não evoluem ou progridem".

Para poderem ir além dos limites da arquitetura convencional, o grupo utilizou um braço robótico controlado por computador para imprimir desenhos em camadas, permitindo assim a criação de estruturas muito maiores do que qualquer coisa poderia caber em, digamos, uma impressora MakerBot. Não é uma abordagem totalmente original: a mesma ideia está a ser desenvolvida pelo designer holandês Joris Laarman na construção em 3D de uma ponte de aço em Amesterdão.

Mas Amalgamma queria fazer mais do que imprimir estruturas que eram maiores do que objetos impressos 3D convencionais. 

A equipa queria criar uma estética completamente nova, que se estendia diretamente na forma como seria produzido o objeto em 3D. Ao contrário da maioria das impressoras 3D, que só acabam produzindo blocos, a técnica utilizada pelo grupo Amalgamma fez com que cada camada criada seja um pouco diferente, um pouco squigglier que a anterior, resultando em estruturas que parecem que foram montadas a partir de seções transversais tectónicas. 

Luso Cuanza: Estes designers inventaram uma nova forma de impressão de betão em 3D para arquitetura

Até agora, os designers já conseguiram imprimir uma coluna, mesa e vaso através desta técnica. Com um braço de robô diferente poderiam criar estruturas ainda maiores. Mas, primeiro, a equipa pretende experimentar criar impressões em 3D de janelas.

O objetivo final é desafiar outros arquitetos a pensar além do tijolo, e voltar para a pergunta fundamental que torna a impressão 3D tão emocionante:

O que faria se pudesse imprimir em 3D qualquer forma ou objeto que se possa imaginar?



Fonte: FastCompany