Letónia: jovens arquitetos portugueses vencem concurso para Spa
2017-03-22
Um grupo de quatro jovens arquitetos portugueses, recém-formados pela Universidade de Évora (UÉ) e oriundos de diversas partes do país, venceu um concurso internacional de arquitetura para a conceção de um ‘Spa de Natureza’ na Letónia.
Ana Isabel Santos, João Varela, João Tavares e Paulo Dias, com idades entre os 25 e os 28 anos, formam o grupo vencedor da competição, realizada pela plataforma ‘online’ Bee Breeders, sediada em Hong Kong e organizadora de concursos internacionais de arquitetura , que divulgou hoje os resultados.
A conquista do prémio tem uma contrapartida pecuniária de 11 mil euros e a colaboração, como consultores, na concretização do projeto, caso este avance, servindo naturalmente servir de estímulo para os jovens arquitetos portugueses.
Naturais de diversas partes do país, os quatro jovens formaram-se no curso de Arquitetura com Mestrado Integrado da Escola de Artes da UÉ e trabalham, agora, em ateliês em Lisboa.
“Somos amigos e antigos colegas e juntamo-nos para partilhar ideias e refletir sobre o trabalho que vamos fazendo. Como temos uma visão mais ou menos aproximada do que é a arquitetura, sempre que podemos partilhamos estas experiências”, através dos concursos, explica Ana Isabel Santos.
O desenvolvimento do projeto, o estudo preliminar
Os quatro jovens concorreram à iniciativa da Bee Breeders para o ‘Spa de Natureza’ na Letónia, o Blue Clay Country Spa, Investigando antes que tudo a construção tradicional desse país da União Europeia, onde nunca foram, e perceberam que “é sobretudo feita em madeira e em colmo”, conta a arquiteta, tendo também estudado o clima e a forma como os edifícios se relacionam com a paisagem e com o território.
O projeto, previsto para “um lugar isolado, rodeado de floresta” e junto a um lago, tinha de atrair “o maior número possível de turistas” e proporcionar conforto, mas integrar-se neste cenário natural e ser sustentável.
“Chegámos a um edifício que, ao mesmo tempo, é um percurso, que permite identificar vários pontos de vista no local, com variações de espaços mais privados e mais públicos, mas sempre em grande contacto com a natureza e a zona envolvente”, resumiu.
Com alojamento, restaurante, ‘spa’ e hortas e pomares, o projeto, em forma de círculo, acrescentou, convida “ao encontro e à reunião das pessoas no interior” e contraria a ideia de que “é muito difícil encontrar centralidade na floresta”.
O “hortus conclusus”, ou jardim murado, é marcado por um grande passeio circular que une cada espaço funcional do spa. A parede circunscreve um jardim interior e pomar, encerrando o spa com uma colunata que funciona tanto como parede e espaço social.
Por Diario Imobiliário em 14 de março de 2017